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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Dorme com Deus Vovó

Para começar este texto, não posso deixar de lembrar que  já está indo para cinco anos que eu perdi o meu melhor amigo. Meu pai. Apesar de nunca me acostumar com a idéia da perda, pode- se dizer que,  com o tempo acabei aceitando a dura realidade de saber que provavelmente  nunca mais posso vê-lo. Tinha algo que me confortava. Quando a saudade aumentava, eu dava um “pulo” até a cidade de Morrinho ( interior de Goiás ) e passava um final de semana com meus tios e minha avó. Era uma sensação boa, porque ela me fazia sentir próximo de meu saudoso pai. É como se ela fosse o pouco dele que ainda estava vivo.
Quando digo, estava, é porque neste final de semana tivemos o dês-sabor de perder ela. Quando tive a noticia do falecimento de minha avó, senti o sabor amargo de mais uma perca importante na minha vida. Apesar de saber  que, pela ordem natural das coisas é normal que;  filhos e netos sepultem pais e avós, eu senti  em um tremendo vazio naquele momento. Talvez por ter certeza de que mais um laço de vinculo estava se desfazendo com relação a meu saudoso amigo pai. O que fica de bom nisso tudo são as boas lembranças da ultima vez eu que eu pude contemplar minha querida avó viva. Parecia que ela estava se despedindo da tão sofrida vida que ela levou ao longo dos anos. Á exatamente 15 dias atrás estivemos visitando ela. Fui eu, minha esposa e filhos. Fomos recebidos carinhosamente por ela, que não se cansava de nos dar carinhos, beijos e abraços apertados. Me lembro de comentar com todos que estavam ali, que ela estava muito formosa, e pareceria sadia. Talvez ali já não seria mais ela. Talvez naquele momento ela estava mesmo  se preparando e se despedindo. O fato é que ela se foi. Como disse a Larissa (minha filha ), era possível enxergar a alma de meu pai nos olhos de minha avó. Assim que recebi a noticia do falecimento da minha avó pude perceber o que a Larissa quis dizer com aquelas simples palavras inocentes. Em outras palavras, ela dizia que talvez minha avó seria uma das poucas lembranças que poderíamos ter de meu pai. Naquele momento de tristeza junto aos meus familiares, eu fiquei pensando qual seria a ultima palavra que eu diria para minha querida avó, caso ela ainda pudesse ouvir. Naquele momento não consegui pensar em nada que não fosse; “Boa noite vovó! Dorme com Deus”.

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